Costa de Souza

Caricatura | Ilustração


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Sambista em Laranja

 

Sambista em Laranja

Acrílico sobre tela – 50 x 70 cm

 

Esta versão da Sambista levou duas semanas pra ser feita. Me ative à incidência da luz sobre o corpo como maneira de captar o movimento. Também pude entender melhor a diferença na posição do pincel na pincelada e também no volume de água que ele carrega e como isso influencia no traço. Gosto de marcar  a tela, acrescentando a captura do meu momento à captura do momento da mulher retratada. Isso eu quero fazer mais vezes, e melhor.


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Ela tá como sempre

Sei que os homens delas vão ser grandes, companheiros
E outros homens menores passarão a ser pra acompanhá-los
Mas ela tá como sempre
Sempre como ela
Ela vem na mesma rua
Nua e bela
E me aquarela

Sei que os homens vão ser novos e eu, primeiro, nunca o próximo
As velhas são as outras, não mais essas porque eu te amei quando criança
Nunca o próximo. O mesmo. Sempre como ela.

“Bom te ver, saudade”, apela. Eu não sou mais com saudade, sou só eu aqui com ela
Acompanhada

Nada, não foi a gente, era só brincadeira quando o rosto era também um bocejo.
Agora dorme. Fizeste muito. Tens companhia. “Saudade”.

Está no meu saite, canta na naite, professora, artista, toda ela sempre a insana da família
A filha errada, a foto nossa não vem na mão porque a gente não tinha
Responsabilidade

A gente tem idade pra ser mãe. Agora vai mulher e quero ver como venho.
Tenho corpo pra ser eu e tu tens outros, um preso e um solto, um riso velho e um rosto.
A gente não tirou a foto pra comparar. A gente não para. Mas debaixo do violão, do cálice, da casa, resta a areia de sempre, a mesma rua, a gente se encontra de velho, se posa de novo, eu te acho como sempre e te perco como nunca.


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Estrategista

Anda, Daniel!, ela arranja. Joga-me pra outra e dá canja na boca da amiga.

Anda!, instiga. Joga a outra na minha boca e nem liga pros poros da própria barriga

Também me chamam, olhe pra eles, anda, esquece o teu plano e me dá aos teus montes.

Me conte pra outra, mas primeiro me sinta, me pinta de amante só hoje,

Amiga!


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Melhor mulher do Brasil

Eu a reconheço de longe, mas experiências com outros empresários blumenauenses me fazem temer um encontro caloroso com a dona do Estúdio Criação. Chegamos mais perto e dou um oi apreensivo. Ela:

 Oi! Que foi? Tá economizando sorriso?

Sorrio e ela aprova.

Conheci Cristina Marques quando ela passou na Secretaria de Educação para tentar viabilizar o Projeto Troque Lixo por Livro, uma brilhante idéia da escritora para atender as crianças carentes de dinheiro e de leitura. Eu era assessor de imprensa da Secretaria. Ganhei um CD e um livro e fui me exibir pro pessoal da Comunicação da Prefeitura. Riram da minha alegria e perguntaram se eu tinha filhos. Guardei as obras e as releio de vez em quando. Maravilhosas. Não, não tenho filhos.

Dois anos depois, o Troque Lixo por Livro é um sucesso e Cristina concorre com outras mulheres ao Prêmio Cláudia como destaque nacional em projetos sociais. 

Conheça o Troque Lixo por Livro e vote em Cristina: http://premioclaudia.abril.com.br/finalistas_cristinam.shtml