Escultura em sabão de coco. Feita ontem e hoje. Minha primeira resposta às sábias e valiosas provocações do artista Suetônio Medeiros. Obrigado!
Escultura em sabão de coco. Feita ontem e hoje. Minha primeira resposta às sábias e valiosas provocações do artista Suetônio Medeiros. Obrigado!

Acrílico sobre tela – 50 x 70 cm
Esta versão da Sambista levou duas semanas pra ser feita. Me ative à incidência da luz sobre o corpo como maneira de captar o movimento. Também pude entender melhor a diferença na posição do pincel na pincelada e também no volume de água que ele carrega e como isso influencia no traço. Gosto de marcar a tela, acrescentando a captura do meu momento à captura do momento da mulher retratada. Isso eu quero fazer mais vezes, e melhor.
Sei que os homens delas vão ser grandes, companheiros
E outros homens menores passarão a ser pra acompanhá-los
Mas ela tá como sempre
Sempre como ela
Ela vem na mesma rua
Nua e bela
E me aquarela
Sei que os homens vão ser novos e eu, primeiro, nunca o próximo
As velhas são as outras, não mais essas porque eu te amei quando criança
Nunca o próximo. O mesmo. Sempre como ela.
“Bom te ver, saudade”, apela. Eu não sou mais com saudade, sou só eu aqui com ela
Acompanhada
Nada, não foi a gente, era só brincadeira quando o rosto era também um bocejo.
Agora dorme. Fizeste muito. Tens companhia. “Saudade”.
Está no meu saite, canta na naite, professora, artista, toda ela sempre a insana da família
A filha errada, a foto nossa não vem na mão porque a gente não tinha
Responsabilidade
A gente tem idade pra ser mãe. Agora vai mulher e quero ver como venho.
Tenho corpo pra ser eu e tu tens outros, um preso e um solto, um riso velho e um rosto.
A gente não tirou a foto pra comparar. A gente não para. Mas debaixo do violão, do cálice, da casa, resta a areia de sempre, a mesma rua, a gente se encontra de velho, se posa de novo, eu te acho como sempre e te perco como nunca.

Acrílico sobre tela – 4 e 5 de dezembro.

A partir do clipe “A história da morena nua que abalou as estruturas do esplendor do carnaval” , de Max de Castro. Dei um pause com 1:37 desse vídeo pra me basear para a pintura, feita em acrílico sobre papel.

Não lhe importava ouvir o discurso pré-nupcial, gasto
O vento batia úmido no pescoço ao recostar-se na porta
A mulher não queria só encostar a primavera nos seios
Mas também aquela voz, sem o discurso

Anda, Daniel!, ela arranja. Joga-me pra outra e dá canja na boca da amiga.
Anda!, instiga. Joga a outra na minha boca e nem liga pros poros da própria barriga
Também me chamam, olhe pra eles, anda, esquece o teu plano e me dá aos teus montes.
Me conte pra outra, mas primeiro me sinta, me pinta de amante só hoje,
Amiga!

Vamos?

Caem as folhas
Sobem os lençóis
Grudam-se os corpos
Guarde a praia e viremos concha.
Eu a reconheço de longe, mas experiências com outros empresários blumenauenses me fazem temer um encontro caloroso com a dona do Estúdio Criação. Chegamos mais perto e dou um oi apreensivo. Ela:
– Oi! Que foi? Tá economizando sorriso?
Sorrio e ela aprova.
Conheci Cristina Marques quando ela passou na Secretaria de Educação para tentar viabilizar o Projeto Troque Lixo por Livro, uma brilhante idéia da escritora para atender as crianças carentes de dinheiro e de leitura. Eu era assessor de imprensa da Secretaria. Ganhei um CD e um livro e fui me exibir pro pessoal da Comunicação da Prefeitura. Riram da minha alegria e perguntaram se eu tinha filhos. Guardei as obras e as releio de vez em quando. Maravilhosas. Não, não tenho filhos.
Dois anos depois, o Troque Lixo por Livro é um sucesso e Cristina concorre com outras mulheres ao Prêmio Cláudia como destaque nacional em projetos sociais.
Conheça o Troque Lixo por Livro e vote em Cristina: http://premioclaudia.abril.com.br/finalistas_cristinam.shtml