Retrato para ilustrar um trabalho acadêmico na área de psicologia com o tema Luto. A pessoa desenhada é a avó da autora do trabalho, que infelizmente faleceu há alguns meses.
Portrait to illustrate an academic work in the Psychology field, with “Mourning” theme. The portrayed woman sadly passed away a few months ago and is the grandmother of the author of the essay.
Morena Frajola – Aquarela sobre papel – 30 x 42 cm – novembro de 2009
Este é um estudo de cores em que voltei à técnica do lápis aquarelável, que usava muito há uns dois anos. Aqui não usei pigmento preto nem cinza, pra poder entender melhor como cada cor representa a luz ou a sombra. Uma sensação próxima ao cinza é a das listras da blusa, mas que é composta por pigmentos marrom e azul. Já nos óculos a mistura é grande.
É muito bom variar entre o digital e as tintas ou lápis e perceber como um ajuda o outro. A composição de cores no Photoshop, mais prática, dá um domínio maior pra usar as mídias tradicionais.
Fica o ar de verão, pra marcar o dia quente de hoje, com essa imagem dominada pelo amarelo.
Quem quiser relembrar o clima de outono que criei numa aquarela de 2008 (nada de “ano passado”, 2008 tá velho demais já) aqui está.
Gauguin falava que é preciso pintar de memória. Essa obra foi desenvolvida assim, sem referencial fotográfico, em lápis aquarelável, em abril do ano passado. Baseia-se numa imagem que não saía da minha cabeça desde o carnaval daquele ano e que, graças a essa pintura, continua na minha cabeça.
Indo de Itajaí pra Laguna de busão, um grupo de gostosas entra no ônibus em Balneário e segue até a Praia do Rosa. Sentam-se nas duas fileiras à frente da minha. Lá pelas tantas uma delas reclina o banco e dorme, quase no meu colo. E que colo!
Escrevi sobre isso quando postei a imagem em aquarela, no post Adormecida da série As Indecorosas do blog (veja nas categorias). É ela, então, a primeira indecorosa pintada em tela.
Foi um trabalho de dois dias no começo do mês, e o acabamento foi feito ontem à noite. O trabalho valoriza as linhas. Pintar de memória foi a grande sacada pra desenvolver o cenário “tubular” no lugar das linhas retas da imagem real.