A semana vai embora e os ecos de 24 horas de arte ainda deixam mais bonita a vida de quem esteve no Teatro Carlos Gomes nos dias 1 e 2 de agosto, no Festival Nosso Inverno.
A grande contribuição do evento pra arte de Blumenau foi a união dos artistas. Dela surgem novas ideias e projetos, como reforçou a presidente do Conselho Municipal de Cultura, Noemi Kellermann, na abertura.
Gosto de todas as formas de arte, principalmente da arte poliforme. Assim foi o festival que trouxe obras de literatura e visuais unidas, de literatura e cênicas, vídeo e música, e outras memoráveis parcerias.
A mistura, junto com o apoio do público, foi vital pra que esse grande grupo de artistas siga com propostas cada vez melhores na cidade. Agora o caminho é buscar parcerias com outras instituições e encaixar a arte onde ela merece: no planejamento do município e da vida de cada cidadão. Assim, com certeza, teremos outros grandes eventos, ou outras edições do Nosso Inverno.
O nome e a proposta têm potencial turístico. Blumenau é mais atraente no inverno. A arte aparece, após o sucesso de público e de segurança do Nosso Inverno – nenhuma briga nem depredação de patrimônio – como uma alternativa econômica em benefício dos artistas e do público. A cidade tem a faca e o queijo nas mãos.
Bastidores
Aprendi muito com o evento, principalmente sobre produção cultural. Trabalhei na Comissão Organizadora ao lado de quem entende do assunto dos bastidores. Descobri que um espetáculo vai para além dos palcos e até das coxias. Vai para os corredores, onde me movimentei por 36 horas, com pausa de uma hora e meia pra dormir, entre o sábado e o domingo passado. Um sufoco que, com certeza, valeu a pena. No final, ainda disse a uma amiga: “amanhã tem mais”. Que esse amanhã chegue logo! Mas, por enquanto, ficamos com a lembrança desse tango:
O Festival Nosso Inverno teve também na Comissão Organizadora Clara Mendes, Clóvis Truppel, Monalisa Budel e Rafaela Kinas. Foi muito produtivo e divertido trabalhar com esse conjunto!
Costa de Souza 
agosto 8, 2009 às 12:19 am
Concordo com a Geórgia, cultura foi possível respirar, agora oxigênio foi difícil, no salão centenário… era impossível.
Ficou claro que a educação em blumenau, também vai de mal a pior. O atraso também poderia (lê-se deveria) ser evitado, embora faça parte da CULTURA do brasileiro.
Senti falta da segurança, por sorte não ocorreu nada grave, só uns desavisados que pensaram estar participando do NOSSO INVERNO ETÍLICO, e acabaram por atrapalhar algumas apresentações.
Mas o evento em si estava muito bom, aposto que muitos já estão com saudade (eu inclusive)….
podemos esperar pelo NOSSO VERÃO?
agosto 8, 2009 às 5:16 pm
Olá, Marcos! Como o evento não teve qualquer fim lucrativo e a comissão organizadora não mexeu com dinheiro, ficou acordado com o Teatro que os próprios membros da comissão se responsabilizariam em caso de algum ato violento. Não foi preciso intervir. O fenômeno vai além da “sorte”: foi arte por tudo que é canto e a organização, assim como a divulgação, partiu de um coletivo, o que garantiu o predomínio de um clima amistoso e inibiu a desordem.
O atraso foi muito pouco e só em algumas apresentações, no início do evento. A partir da madrugada, todos os horários foram cumpridos. Vale ressaltar que quem cuidou desse esquema de horários foi o próprio grupo organizador, e não alguém de alguma entidade, muito menos do poder público.
Nosso Verão? hehe ainda está em discussão o futuro do evento.
abraço.
agosto 10, 2009 às 4:28 pm
Que lindo! parabéns pela iniciativa, ouvi somente bons comentários do festival. pena que não pude estar presente. e achei interessante a idéia de um Nosso Verão.. hehe.
Um abraço.
agosto 10, 2009 às 8:48 pm
Obrigado! Pena que não fosse.
Computado mais um voto então pro Nosso Verão hehe.
abraço